Tatu Buleiro RPG

A maioria dos jogos de RPG não é criado para dar suporte a aventuras sequenciais ou one-shots, mas longas campanhas. Mas o que exatamente são aventuras sequenciais ou campanhas curtas? O que são one-shots? E, afinal, o que define uma campanha de RPG de mesa? ONE-SHOT O significado desse termo pode variar dependendo do grupo de jogadores. Já ouvi a expressão "aventura curta", por exemplo. Aventuras narradas em eventos de RPG ou de cultura pop geralmente são one-shots, pois precisam ser concluídas antes do término do evento. Em resumo, trata-se de uma aventura com um objetivo claro, frequentemente ambientada em um local delimitado, com um único mistério ou problema a ser resolvido. Essas aventuras nem sempre utilizam o mesmo sistema ou sequer o mesmo mestre/narrador. Por ser uma aventura que não se propõe a ter continuidade, muitos jogadores não apreciam jogar one-shots. Às vezes, o jogador pode gostar tanto do cenário e do personagem que criou que sente a necessidade de contin...

  Exite um termo RPGístico em inglês, para o qual eu ainda não encontrei uma boa tradução, que é o “failing forward”. Ele poderia ser descrito com: quando mesmo na falha, aquela jogada avança a narrativa. Em algumas conversas sobre esse conceito, muitas pessoas não entendem o que é  failing forward  e como podemos usá-lo. Uma reclamação muito frequente, é a de que ele transforma o fracasso em sucesso, ou seja, quando você “falha para a frente”, essencialmente, você não falhou. É um raciocínio compreensível, mas está equivocado. O que significa falhar em um RPG? Quando um jogador anuncia sua ação, obviamente ele quer ter sucesso naquela ação específica, mas também quer atingir um objetivo principal. Existe uma diferença entre a ação mecânica e a ação narrativa. O objetivo principal é narrativo, mas a ação usada para alcançá-lo é mecânica. Por exemplo: Jogador:  “Eu persigo o assassino!” (jogador falha no teste) Mestre do Jogo:  “Ele foge.” Mas qual era o objetiv...

Essa semana você pode ser um investigador do paranormal , na seguinte você pode ser uma vovozinha resolvendo o mistério que assola a vizinhança. Existem diversas possibilidades para sua próxima sessão de jogos com seus amigos. Vocês podem partir para uma aventura épica, entrando em masmorras e enfrentando dragões ou, melhor ainda, podem investigar assassinatos misteriosos enquanto andam de bike ou tricotam um suéter. Aqui vão cinco dicas de jogos onde você assume o papel de detetive: 1. BUBBLEGUMSHOES Um dos RPGs de mistério mais famosos na gringa é o Gumshoe . O Bubblegumshoe é o mesmo jogo, porém com uma temática e peso diferentes. Ele é mais leve e simplificado e, por isso, mais acessível para crianças. Por si só, é um jogo divertido. Mesmo sendo uma adaptação simplificada, não ficou menos realista, completo ou menos divertido. Se você procura um jogo para introduzir novos jogadores no hobby, Bubblegumshoe vai ser a ferramenta perfeita. Infelizmente o livro só existe em inglês. O...

Em 2010,   Meguey Baker  e  Vincent Baker  desenvolveram o   Apocalypse World , o jogo que deu origem ao sistema   Powered by the Apocalypse (PbtA) , com a intenção de criar um sistema que facilitasse a narrativa e a improvisação. Esse primeiro jogo a usar o sistema, se passava em um mundo pós-apocalíptico onde os jogadores deviam sobreviver em um ambiente hostil e imprevisível. O sucesso de  Apocalypse World  inspirou muitas outras pessoas a criar seus próprios jogos usando a estrutura  PbtA , levando a uma proliferação de títulos que exploram vários gêneros e temas. A lista a seguir exemplifica jogos lançados sob a engine PbtA: Apocalypse World  – O jogo original que deu origem ao sistema. Dungeon World  – Um RPG de fantasia que adapta as mecânicas do PbtA para um cenário de exploração de masmorras. Monsterhearts  – Foca em dramas adolescentes com elementos sobrenaturais. Urban Shadows  – Um RPG de fantasia urbana que ex...

Existem muitos sites, que explicam de forma muito melhor do que esse, o que é RPG. Por isso você não encontrará aqui uma explicação didática. Será mais como um relato de como eu descobri o jogo e como ele influenciou a minha vida e escolhas desde então. Meu primeiro contato com o RPG de mesa Eu joguei pela primeira vez entre os 14 e 15 anos. Um amigo havia comprado uma revista que vinha com uma aventura no sistema 3D&T (ou seria Daemon). Se me lembro bem, a aventura se chamava “A Torre dos Pesadelos”. Éramos três jogadores, mais o dono da revista que estava mestrando do melhor jeito que conseguia. Foi uma coisa maravilhosa, era como viver as aventuras que eu jogava nos videogames. Depois da minha primeira sessão passou-se alguns meses antes que eu tivesse contato com o RPG novamente. Foi através de outro amigo, que levara ao colégio o velho manual vermelho de 3D&T. Aprendemos o sistema, arranjamos uns dados afanados de um ludo qualquer que estava pegando poeira e jogamos muito ...